quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Porque não?

Olá galera! Paz e bem!

Hoje de manhã recebi essa mensagem:

"Bom dia Marcelo! Sou ouvinte, não tenho nenhum parente surdo Mas muitos amigos surdos. Desde criança queria estudar LIBRAS.. Minha mãe não deixou... bem, há um ano estudo libras, tenho amigos surdos e não entendo porque eles não aceitam o IC. Bem, envio essa mensagem para parabeniza-lo por estimular e animar tantas pessoas a avançarem e acreditarem que ouvir também é muito bom e que poderão continuar a usar a Libras.. Quero muuuito ser interprete e ensinar crianças...contar historias em libras também. Um abraço e Deus te abençoe."

Bom, primeiramente fico muito feliz em trazer essa mensagem para o blog, e sabemos sim dessa duvida de aceitação. Bom, cada um de nós somos livres para fazermos nossas escolhas.
Há aqueles que nasceram surdo e cresceram assim, muitas vezes pode ser difícil aceitar entrar no mundo dos sons, afinal, já estão acostumados com o silêncio que qualquer barulho pode incomodar
Outros tem aquela vontade de ouvir, aquela curiosidade e acabam procurando pelo Implante Coclear ou então pelo AASI (Aparelho de Amplificação Sonoro Individual)
Há também aqueles que acreditam em boatos que podem vir a acontecer, mas acredito que para optar pelo Implante Coclear a pessoa vai ter o conhecimento e receber orientações da equipe médica

Sobre aprender LIBRAS eu acho maravilhoso, eu aprendi em 2003 e gosto muito (inclusive na faculdade eu tenho uma interprete de LIBRAS) também ajudo interpretar nas missas (um trabalho voluntário)
Acho que todos temos o direito de ouvir, acho isso tão gostoso, mas podemos valorizar também o silêncio, que através dele aprendemos outras coisas.

Sobre o fato de aprender LIBRAS, espero que siga em frente com esse sonho. Mas que todos saibam que existe hoje a tecnologia que podemos usar a nosso favor, como os aparelhos de audição e implantes cocleares. Enfim, cada um faz suas escolhas, mas o mais importante é a comunicação e "Implante Coclear e LIBRAS podem sim caminhar de mãos dadas"

Abraços a todos!

sábado, 6 de dezembro de 2014

Voltar a viver???

Hoje uma garotinha de 10 anos, filha de uma amiga me perguntou: "Marcelo, como foi ficar surdo?" e após eu responder ela ainda questionou: "E depois que você voltou a ouvir, você voltou a viver?"Apesar de minha surdez ter sido descoberta apenas em 1995 quando tinha de 8 para 9 anos eu ainda me questiono o porque da minha surdez, porque EU? O que EU fiz para merecer isso? E essa pergunta pode sim ter muitas respostas, e para mim a mais aceitável é: "Um propósito". Mas deixando isso de lado, que agora não interessa mesmo. Eu paro para refletir como foi ficar surdo? Como foi ficar surdo Marcelo? Como foi ficar surdo? E essa pergunta que me martela a cabeça "Como foi ficar surdo???" Lembro que no segundo semestre de 1995 eu então na 3° série do ensino fundamental, até era um bom aluno, tá legal que minhas notas não eram das melhores mas... foi nesse ano que meu rendimento caiu, foi quando eu parei de prestar atenção nas aulas... Afinal minha audição estava em "queda livre" e eu era apenas uma criança. Uma criança com a vida toda pela frente, com muitos sonhos, planos e objetivos. E agora eu era uma criança que estava deixando de ouvir, sim! Como foi ficar surdo, me fez voltar ao passado e lembrar daquele final de ano de 1995. Quando ouvia várias piadinhas por não entender o que os amigos diziam, ou quando levava bronca de alguns adultos por acharem que eu estava fazendo graça e fingindo não ouvir. Como foi ter ficado surdo? Foi deixar de ouvir as musicas por qual eu era apaixonado, foi deixar de falar ao telefone, foi deixar de ouvir os sons do dia a dia, o cantar dos pássaros e muitos outros sons. Como foi ter ficado surdo? Para mim, uma criança de 9 anos, foi um choque de realidade, foi ver meu mundo desmoronar, e agora? Porque EU? Mas por sorte em pouco mais de 6 meses após ter confirmado a minha surdez profunda bilateral eu já estava usando um par de AASI (Aparelho de Amplificação Sonoro Individual) e foi através dele que eu continuei a viver, naquele ano de 1995 eu fui reprovado na escola, afinal, não consegui ter aprendido o suficiente. E no ano de 1996 eu já era um outro Marcelo, estava com os dois aparelhos e começando tudo de novo, não foi fácil, não foi escolha minha, mas eu estava lá. Sempre olhando para as pessoas que falavam comigo e focando muito na leitura labial. Apesar da dificuldade do dia a dia, eu me dava bem com tudo, me formei, comecei a trabalhar, tive amizades. Mas o que eu mais queria mesmo era ouvir melhor, e foi então em 2010 que eu comecei a pesquisar sobre o Implante Coclear. E em julho/2011 eu fiz a cirurgia, e respondendo a segunda pergunta vou além, eu já vivia, mas com o Implante Coclear eu tenho ainda mais gosto pela vida. O prazer de ouvir é enorme, ouvir as pessoas falando comigo, me chamando, ouvir sorrisos, passos, ouvir o cantar dos pássaros, o vento a cachoeira são emoções que não da para explicar. Para mim isso é uma felicidade enorme. Ouvir me faz muito mais feliz, muito mesmo!

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Adaptação, nem sempre é fácil

Nem sei quantas vezes eu achava que não teria valido a pena ter feito a cirurgia do Implante Coclear. Quantas vezes eu achava que tudo seria limitado, que eu passei por um sacrifício por nada... Mas eu sabia que nada seria fácil e que tudo estava em jogo. Eu sabia que precisaria treinar mais e mais... E trabalhar em equipe como um time de futebol... Saber reconhecer os sons foi como dar os primeiros toques, ás vezes até perdia a bola como se perdesse o som. Além dos toques podemos aprender as embaixadinhas, dar dribles, e sair driblando o medo de ouvir, o medo do desconhecido, mas para chegar lá, é preciso de muito treinamento, e os passes, é quando a gente não tem o medo de conversar, cada um pode dar um passe mais longo ou mais rápido, como pode haver pessoas que falam alto ou rápido, e aqueles que dão um passe fraco e devagar, como aquelas vezes que não entendemos uma conversa. Mas tudo faz parte, cada toque de bola, cada embaixada, cada drible, tudo isso a gente já comemora, afinal aprender a ouvir para mim foi um projeto dentro do campo. Fazemos parte de uma equipe, entrando em campo, sofremos falta, tocamos a bola, recebemos, chutamos e marcamos gol, cada detalhe, cada som, por mais pequeno que seja, podemos comemorar, vibrar, tudo faz parte de um aprendizado, a torcida esta com a gente e ouvir é sim um golaço!
(Marcelo de Paula)

 

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Encontro em SJC - Como foi

Olá galera!
Nesse ultimo sábado dia 27 de setembro aconteceu o IV Encontro de Deficientes Auditivos e Usuários de Implante Coclear, BAHA e amigos em São José dos Campos
Foi um encontro super bacana e muito gostoso. Foram cerca de 50 pessoas que tiveram a honra de participar desse encontro, e muitos estavam em um encontro pela primeira vez (Alô galera nova! Esperamos vocês nos próximos encontros, e obrigado por terem vindo) teve família presente que uma das filhas será implantada em breve (Parabéns a família pela escolha) teve pessoas que vieram de várias outras cidades e até gente que veio de outro estado (Gostinho de ter um encontro nacional hihihi) O encontro começou com a galera conversando, se apresentando e contando um pouco da experiência de vida. Foi um aprendizado enorme que cada um pode compartilhar.
Teve também ás dinâmicas e o sorteio de brindes (Quem não veio perdeu rsrs)
E teve também o lançamento do livro da Lak Lobato (Que no dia anterior lançou o livro no Centro da Juventude, um projeto da prefeitura)
O encontro foi muito gostoso e foi bastante elogiado pelos participantes
E pensando nisso tudo já temos a data para o próximo encontro em São José dos Campos, será no dia 28 de fevereiro de 2015 (Esperamos que não ocorra nenhum imprevisto)
Para finalizar quero agradecer a cada um de vocês que estiveram presente e mostraram que vale a pena continuar fazendo esses encontros. São novas amizades e novos conhecimentos e que não estamos sozinho nessa luta
Um grande abraço! 

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

O Mundo dos Sons

"O mundo do SOM é logo ali, é lá, é aqui. O mundo dos sons é para todos, tem os sons dos pássaros, do vento e da onda do mar. Aqueles sons irritantes e outros que aprendemos a amar. Os sons acompanham a gente em todos os momentos: na água do banho, nos talheres durante a refeição, na louça que lavamos ou quando limpamos o chão. O som do tic tac do relógio, ás vezes pode parecer irritante. Mas é tão gostoso ouvir e se sentir deslumbrante. O som de abrir uma porta ou uma janela, o som de uma campainha. São sons que ouvimos todos os dias. Sons maravilhosos e outros nem tanto. São tantos os sons que ouvimos que nos causa um belo encanto. Até mesmo num abraço, no nosso andar, num toque de mão, um som de um beijo e o som do coração" (Marcelo de Paula)

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Parte de um processo

O processo para a cirurgia de Implante Coclear leva alguns meses. 
São consultas e mais consultas, e tudo isso faz parte do processo.
Após a cirurgia, ainda aguardamos alguns dias para a ativação. 
E tem também os mapeamentos que serão feito por toda vida.
Resultados nem sempre são imediatos, cada criança, cada adulto reage de um forma, cada um tem seu tempo, e esse tempo deve ser respeitado. 
É importante que a família tenha empenho e que acompanhe todo o processo tanto na fonoterapia como também na escola. 
E passe a confiança para aqueles que estão aprendendo a comunicação
Os resultados não tem tempo certo para aparecer, eles não são imediatos. Os resultados vão aparecendo aos poucos e devemos ver cada pequena reação aos sons como uma conquista, uma vitória, e comemorar cada etapa.
Por isso acredito que toda forma de comunicação é válida, seja ela, através da oralidade, da escrita ou da LIBRAS.
E que a cada dia os resultados vão aparecendo e podemos surpreender
Tudo tem seu tempo. Se quiser mesmo fazer uma coisa rápida, faça miojo...

domingo, 14 de setembro de 2014

Temos que acreditar

No mês de agosto participei do segundo encontro de usuários de Implante Coclear em Maceió/AL e pela segunda vez pude estar lá na frente e compartilhar um pouco da minha história.
Hoje vemos que nem tudo parece ser tão fácil, mas nem tudo é tão difícil, tudo depende de nós.
E copiei aqui para o blog, parte do que eu disse no depoimento:
O encontro que teve em Maceió foi fantástico! Com muita gente bacana e uma grande troca de ideias. No final das palestras, eu voltei na frente e falei: "Em uma das palestras que eu dei, me lembrei de ter conhecido um adolescente surdo de uns 11 anos. Como ele não tinha muito conhecimento de outros surdos, poderia sim, achar que ele fosse o único surdo no mundo. Eu também passei por isso, quando eu tinha uns 8 - 10 anos , enquanto meu mundo desmoronou, eu não sabia o que seria de mim, eu não esperava ter ficado surdo, até porque ouvia normalmente, era bom aluno e sempre fui bastante comunicativo, ai veio a surdez e mudou os rumos. E vivendo e aprendendo a gente sabe que a surdez, não vai nos impedir de ser feliz, não vai nos impedir de construir uma família, de estudar e trabalhar. Podemos ver hoje os surdos se formando e trabalhando em várias áreas, Engenheiros, Arquitetos, publicitários, tecnólogos, professores. Cada um escolhe o que quer ser, e pode ser feliz. O limite é a gente mesmo que cria, se a gente tem um sonho, a gente deve sim lutar por ele, a deficiência auditiva é invisível e ser surdo não vai impedir a gente de buscar o melhor. E hoje nesse encontro vemos muitos que usam o Implante Coclear, que é uma tecnologia fantástica e tem mostrado um outro mundo, que é o mundo dos sons. Mas eu acredito que a gente surdo pode sim ser capaz de fazer o que queremos, o caminho esta ai, e só depende de nós mesmo. O importante é ser feliz, a deficiência auditiva é apenas um detalhe, busque sempre o melhor e o melhor virá!

sábado, 13 de setembro de 2014

Evento na Canção Nova

II Semana da Administração promovida pela Faculdade Canção Nova.
Eu estarei participando da mesa redonda na  quarta feira dia 17, ás 19h
Inscrições pelo site: www.fcn.edu.br 

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Encontros, Encontrinhos e Encontrões

Olá galera! Vem ai mais um encontro de usuários de Implante Coclear e BAHA
Na cidade de São José dos Campos/SP
Com algumas dicas sobre o IC e depoimentos de alguns usuários
Uma grande oportunidade também para aqueles que se interessam pelo IMPLANTE COCLEAR e quem sabe possa ser um futuro candidato dessa tecnologia.
Informações e inscrições na imagem:



quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Ditado e agora?


No dia 25/agosto estava na faculdade Unip e pela primeira vez tendo aula de Psicologia do consumidor como o professor Edu Fortes (Sou estudante de Propaganda e Marketing)Uma aula incrível, fantástica mesmo. Uma aula que me fez refletir e dar ainda mais a certeza que estou no curso certo.Como vocês sabem, apesar de estar implantado há 3 anos, ainda tenho uma certa dificuldade para compreender 100% (o que eu imagino que ainda seja impossível)Ontem após uma bela aula e explicação, eis que o professor começa o DITADO.Mas espera ai? DITADO??? Bom para minha sorte eu tenho uma interprete de LIBRAS na faculdade. SIM, EU AMO LIBRAS! Estudo em um curso onde os alunos são bastante participativos e que o FM não seria a solução para mim (sim, eu também usei o sistema FM na faculdade e não deu certo) no caso da LIBRAS a interprete me auxilia quando os alunos interagem com os professores, praticamente o tempo todo. (Orgulho de fazer PMK) e também quando tenho dificuldade de ouvir os professores.E ontem na hora do DITADO, eu pensei, LIBRAS não é o mesmo que PORTUGUÊS, e seu eu for olhar para a interpretação por melhor que ela seja, não vou conseguir escrever o DITADO ao mesmo tempo. Então querendo acreditar no meu potencial auditivo, eis que surgem a ideia de a interprete copiar o ditado numa folha e eu copio o que eu escuto na outra folha, dito e feito, fui escrevendo o que eu conseguia ouvir, e quando eu não entendia eu deixava um espaço. Não fiz leitura labial em nenhum momento, acreditei em mim e fui escrevendo o que eu conseguia ouvir (sim, eu estava sentado na frente) e após todo DITADO, pedi para minha interprete fazer a comparação. Consegui ouvir e compreender cerca de 95% apesar dos erros de terem palavras super parecidas e outras que eu não reconheço a pronuncia eu fiquei muito feliz mesmo.Vale lembrar que foi a primeira aula com aquele professor.Foi uma lição para mim mesmo e que isso possa servir de aprendizado para todos: ACREDITEM EM VOCÊ, TENTE, TENTE E TENTE DE NOVO. Ninguém alcança a perfeição, mas a gente só vai atingir o melhor se a gente acreditar e for atrás.Obrigado! 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Encontrinhos


Meu nome é Marcelo de Paula, tenho 28 anos

Eu nasci ouvinte e perdi a audição aos 8 anos de idade e usei AASI até antes da cirurgia do Implante Coclear
Venho contar para vocês como foi essa entrada para o mundo dos usuários de implante coclear, os quais também denominamos de Cyborgs
Optei pelo Implante Coclear quando vi que não adiantava mais trocar de aparelho auditivo.
Já tinha perda profunda e os ganhos eram mínimos, decidi então que se eu realmente quisesse ouvir um pouco mais, a única opção seria o Implante Coclear.
Essa trajetória começou em 2010, quando através da internet conheci dezenas de pessoas que eram usuários de IC, mães, pais e pessoas que estavam em processo para a cirurgia.
Eu não tinha apoio de outras pessoas, a maioria dos amigos eram totalmente contra essa minha ideia, e alguns,  diziam que eu não me aceitava por ser surdo.
Eram inúmeras as críticas que eu recebia, o apoio era quase nulo.
Cheguei a conhecer alguns usuários de IC antes mesmo da primeira consulta médica. Eu queria ouvir, estava disposto a fazer a cirurgia, mesmo que o resultado não fosse o esperado.
Durante esse processo da cirurgia, fui convidado para participar de um encontrinho de usuários de IC.
Isso foi em novembro/2010, que ocorreu em São Paulo, em um shopping na Av. Paulista.
Nesse encontro, foi como se abrisse as portas para um novo mundo, um mundo repleto de sons, um mundo desconhecido onde havia pessoas que são como eu, surdas, e que podem se beneficiar com o uso do IC.
Esse encontro foi super divertido e aprendi muita coisa, a principal delas é que eu não estaria mais sozinho, havia pessoas que estavam lá, torcendo pelo meu sucesso.
Foi um encontro marcante , que sempre lembro, foi como meu ponta-pé inicial nessa Família de Implantados, e lá naquele dia mesmo, eu já pensava: "Estou em casa, é isso mesmo que eu quero!"  o pessoal me deixou bem a vontade.  
Meses depois , participei de outros encontros, no ano seguinte em 2011 mais e mais encontros, e finalmente em julho/2011 aconteceu a minha tão esperada cirurgia de Implante Coclear. Naquela altura, já tinha dezenas de amigos conhecidos, que estavam torcendo por mim. Depois da cirurgia esperei alguns dias para a ativação, que é o dia que nos colocam a parte externa o -processador de sons- e ligam e aos poucos os resultados foram evoluindo. Nesse momento, eu já estava disposto a divulgar também,  esse beneficio que pode ajudar a muitos surdos a recuperar a audição, então continuei participando desses encontrinhos, que muitas vezes se tornam encontrões, seja com 5, 6 ou 100 pessoas.
Sempre tem alguém  para orientarmos e ajudar a esclarecer dúvidas.
Nesses encontrinhos, conheci muitas pessoas, muitas histórias, muitos casos de sucesso. Pude também, compartilhar com eles toda essa minha trajetória em busca do mundo dos sons, mostrar que o Implante Coclear não é um "bicho papão" como muitos falam e que riscos existem, como em qualquer outra cirurgia.
Nesses encontros,  aprendi a ser ainda mais humano, aprendi que somos todos diferentes e ao mesmo tempo somos todos iguais; somos uma família que optamos pelo mundo dos sons.
Bom, para finalizar, tenho participado desses encontrinhos desde o final de 2010, e hoje nem faço ideia de quantos encontros já  estive presente,  quantas pessoas já orientei, e doei um pouco do meu tempo,  da minha história, e disse-lhes que não estão mais sozinhos.
Compartilho aquilo que aprendi no meio dessa galera.
Ouvir pode ser possível e esses encontros são como mostrar o caminho, que muitos  precisam e não estarão sozinhos.